sexta-feira, 3 de junho de 2011

Apesar de a minha intervenção neste blogue ter sido, nos últimos tempos, traída pela que vou fazendo no Facebook (para além da que faço no contacto pessoal, intensificada nas últimas semanas), este blogue não poderia deixar de marcar presença nesta importante batalha que se aproxima.

Por isso, aqui fica o apelo: por uma política patriótica e de esquerda, pela ruptura com o caminho de desgraça a que 35 anos de políticas de direita nos têm conduzido: VOTA CDU!

É já no próximo Domingo, Com toda a confiança.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

BMEL - Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço

É provável que aqui refira várias vezes o quão superior a Guarda me parece como cidade relativamente à outra mais povoada, mais endinheirada e com mais brilho de luzes mas muito mais caciquista e parada no tempo das mentalidades que é Viseu, onde esta linha estacionou durante alguns anos. Aqui direi, provavelmente, várias vezes que nessa paragem de anos o sentimento nunca foi o da vontade de ficar e criar raízes. Na Guarda, respira-se outro ar. A cidade está viva e mexe. Chama por nós e acolhe-nos. Convida-nos a ficar. Pelo menos agora, é o que sinto. E nem no período da novidade (em que outras novidades e grandes e positivas mudanças poderiam ter ajudado a criar este sentimento) Viseu, apesar de algumas qualidades objectivas, foi capaz de me dizer "fica, és bem-vindo". Adiante. A isto voltarei.

Mas hoje não quero deixar de lamentar que uma cidade com uma vida cultural tão interessante tenha uma biblioteca municipal (BMEL) com um horário tão reduzido. Encerra às Segundas, Sextas e Sábados de manhã e, mesmo nos outros dias, só abre a partir das 10h. Estamos numa capital de distrito.
Falta de pessoal, argumenta o responsável, justificando com as muitas tarefas que desempenham os poucos funcionários e que obrigam aos períodos de encerramento. Não tenho razões para duvidar. Mas Viseu, com uma vida cultural pouco mais que miserável, bate a Guarda neste aspecto, com a sua biblioteca de horário alargado, funcionários suficientes e muito espaço. Embora mais feiota e sem o enquadramento paisagístico da BMEL, funciona. E a BMEL tem estas lacunas graves (e já não me refiro o ridículo espaço para estacionamento, poderá sempre argumentar-se que o mais saudável é ir a pé ou nos TUG...).
É verdade que Viseu terá, certamente, um orçamento maior e que, não investindo noutras áreas da cultura, tem de sobra para a biblioteca. É verdade que a Lei das Finanças Locais e a estocada que foi este desgraçado OE para 2011 que o PS, o PSD e o lamentável Cavaco nos impingiram reduziram em muito a margem de manobra das câmaras municipais, e a da Guarda não é excepção.
Mas uma melhor gestão dos recursos e do orçamento disponível é possível, e a BMEL, com mais dois ou três trabalhadores, seria um espaço de estudo e de estímulo ao pensamento, um espaço belo, como já é, mas também funcional. Até lá, é uma biblioteca a meio gás.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O futuro também passa por aqui

No distrito da Guarda, são nada menos que 29 as freguesias onde a votação em Francisco Lopes foi igual ou superior à média nacional em termos percentuais (7,14%). Se, nalguns casos, há uma descida relativamente aos resultados de Jerónimo de Sousa em 2006, noutros há subidas fulminantes - casos de Rocamondo, Avelãs da Ribeira ou Codesseiro, no concelho da Guarda (curiosamente, freguesias vizinhas) ou de Águas Belas e Vale Longo, no concelho do Sabugal, entre outras.
Mas mais importante é a subida em nº absoluto de votos em muitas freguesias, casos de Rocamondo (+ 500% de votos), Avelãs da Ribeira (+150%), Ramela (+100%), Águas Belas (+75%), Codesseiro (+57%) ou Alvendre (+50%), sendo de destacar a freguesia de Vila Garcia, no concelho da Guarda que, não tendo chegado à média nacional, teve um aumento de nº de votantes de 900%.
São várias dezenas de novos votantes, muitos eleitores que perceberam, pela primeira vez, o que está em causa, quem os defende e que um outro rumo é possível, aquele que a candidatura de Francisco Lopes propôs, aquele que a luta dos comunistas continuará a apresentar, para um futuro que também passa por aqui.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Sortelha

Sortelha, 24 de Janeiro de 2011. Dia de semana. Aldeia deserta. Algumas casas reconvertidas em abrigos de fim-de-semana, para quem gosta e volta. Outras em turismo rural, para quem gosta mas talvez não volte. Outras ainda, muito menos, habitações permanentes dos poucos habitantes que restam dentro das muralhas. A maior parte moram fora. Fora das muralhas, alguns. Outros, fora do país, fora dentro do país, desenraizados à força.
Hoje, dia de semana, dia de Inverno - ainda que belíssimo - os resistentes que costumam receber os visitantes convidando-os a conhecer o seu artesanato, os seus produtos locais, a sua hospitalidade convertida de repente em ganha-pão, não estavam. A aldeia estava fechada, compreende-se. Compreende-se muito menos que o posto de turismo estivesse fechado. Na sua simplicidade, sem perceber completamente o interesse citadino por aquelas pedras, vivem com a dualidade de ver a desgraça e o abandono da agricultura, da produção - e também da reprodução -, da vitalidade, das casas, da esperança, coexistir com um interesse turístico pelas marcas de um passado duro. E procuram viver com isso, tentando juntar às míseras reformas algo mais com esta contradição. De pouco serve. O retorno é magro. Os apoios e o investimento, depois da requalificação, vêm sob a forma de cortes nos medicamentos, estagnação das pensões, serviços de saúde cada vez mais parcos e longínquos... A lista é longa, e a tristeza é densa. A resignação também.
E as belas e imensas penedias que circundam a aldeia, com o seu potencial turístico mas também agrícola e pecuário, completamente abandonadas.
Completamente? Não. A toda a volta, em todas as cristas e elevações, um multidão de aerogeradores invade a paisagem. É impossível descansar os olhos de tal aberração. Poderiam significar mais emprego, melhores remunerações, o retorno da juventude à terra. Mas não. Não significam sequer uma energia mais barata, nem ali nem em lado nenhum.
Como um símbolo, estão ali para lembrar que, com estes governos desgraçados, com estes presidentes da república desgraçados, é o grande capital que manda. Que os cavacos e sócrates se estão completamente marimbando para a desertificação, e que até a agradecem porque os amigos precisam daquelas penedias para continuar a aumentar exponencialmente as suas fortunas. Parques eólicos, barragens, campos de golfe... o "interior" serve-lhes para muita coisa. E pessoas, só as essenciais para fazer funcionar a coisa.

E, no entanto, Sortelha, como a maior parte das aldeias desertificadas deste país - pelo menos a Norte do Tejo - lá deu, ontem mesmo, o seu contributo para a reeleição de um dos maiores responsáveis pela sua desgraça...

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A mudança necessária

O próximo Domingo é de esperança. Esperança na mudança necessária com o voto em Francisco Lopes. O povo tem nas suas mãos a possibilidade de mudar o rumo devastador que lhe tem sido imposto. É a cada um dos eleitores, em consciência, que lhe cabe decidir se quer essa mudança.
Mas, seja qual for o resultado, dia 24 cá estaremos. Porque a luta continua.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ai, o Facebook!

O Facebook tirou actividade aos blogues, a avaliar pelas experiências cá de casa. Apesar de os blogues serem muito mais versáteis, mais amplos, mais pessoais, mais próprios de um diário, com espaço para reflectir e partilhar as reflexões, onde se pode partilhar quase tudo, a hipótese de publicar de rajada impressões e informações que urge fazer chegar rapidamente a um grande número de pessoas é tentadora no Facebook.


Bom... pelo menos para mim, que tenho  - mea culpa! - uma pequenina clientela blogueira (embora de grande qualidade!), nada que se compare com alguns dos excelentes blogues aqui da lista ao lado...

E nestes dias em que é urgente fazer chegar a verdade ao máximo possível de amigos, de conhecidos, de menos conhecidos - e a verdade que urge dizer é a da única altenativa, patriótica e de esquerda, para a mudança que constitui o voto em Francisco Lopes -, o Facebook leva a melhor. Mas aqui voltarei.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Linhas de esperança - Francisco Lopes

E porque este blogue estará sempre onde houver linhas de esperança para seguir, vai votar Francisco Lopes. Votar em qualquer outro candidato é ceder à resignação, é aceitar que as desgraças que este governo e seus aliados nos despejam diariamente em cima sem titubear e sem vergonha são o único caminho possível. Outro caminho é possível.
Os cipriotas perceberam-no. Não tiveram medo da ira dos céus, do inferno, do padre, da Coreia do Norte, da China ou das injecções atrás da orelha. Perceberam que o seu candidato comunista e o seu partido comunista tinham um projecto de sociedade para o seu país, um projecto seu, cipriota, que lhes servia - um projecto viável no quadro da União Europeia. Ouviram a verdade e acreditaram nela. E hoje, vivem num pequeno país com uma qualidade de vida já muito superior à dos portugueses e - melhor ainda - vivem com esperança num futuro melhor.
Porque a Linha do Vouga acredita que também em Portugal não estamos num poço sem fundo, engolidos inevitalmente num vórtice de depressão e destruição, e acredita que as propostas de Francisco Lopes são exequíveis, sérias e as únicas capazes de nos desviar desse poço sem fundo aparente, vamos votar Francisco Lopes. Porque Francisco Lopes é um candidato sério, comprometido com os trabalhadores (e o autor deste blogue é um trabalhador), com o povo e com a constituição, mas também porque - já agora - tem a tão propalada "pose de Estado" - uma dignidade e frontalidade inabaláveis e uma capacidade intelectual infinitamente superiores às da criatura ridícula que tem andado a brincar aos PR; porque, ainda, neste blogue se tem em alta conta a verdade e não há macaquinhos no sótão, este blogue aqu estará com Francisco Lopes e tudo fará para, na medida do seu alcance, fazer chegar ao maior número de leitores esta linha de esperança.

Mudança de agulha

A Linha do Vouga muda de direcção. Na realidade, muda-se. Viseu é, agora, amigos que ficaram- poucos, mas muito bons -, recordações de momentos, lugares, sabores, que ficaram, que lá estão, que aqui estão também. A Linha do Vouga é agora Linha da Beira Alta, Linha da Beira Baixa e todas essas desgraçadas vítimas (mais umas) dos desgraçados desgovernos que um povo demasiadas vezes manipulado, enganado, amedrontado - e às vezes xico-espertinho - tem deixado que nos governem.
A Linha do Vouga agora passa, e para, na Guarda. Mas está, e estará, sempre onde houver linhas de esperança para percorrer. E onde houver melancolias extremas como a da foto ao lado para contemplar.
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