quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A esperança em Viseu!

Alguns blogues que apontam os caminhos da esperança em Viseu:

http://cduviseu2009.blogspot.com/

http://cduabraveses.blogspot.com/

http://cduriodelobaviseu.wordpress.com/

Esperança que se pode concretizar lá para 11 de Outubro.

Mas, para isso, antes ainda temos a grande batalha do dia 27 de Setembro, na qual tudo faremos para que Viseu tenha o seu deputado na Assembleia da República: Manuel Rodrigues, primeiro candidato da CDU.

sábado, 8 de agosto de 2009

O nojo

Hoje fui, como habitualmente, visitar a página da CDU que, além de gráfica e dinamicamente muito bem conseguida, é o melhor sítio para, diariamente, acompanhar a actividade intensa da coligação em todo o país: de facto, se procurar nas páginas impressas ou virtuais dos grandes meios de comunicação social, pouco ou nada encontrarei sobre a CDU e a sua intensa e séria actividade junto das populações. Os motivos de tal ausência são claros, mas nem sequer é isso que me traz aqui.
O que me traz aqui é a vontade de partilhar o profundo nojo pela desfaçatez, a má educação, a falta de profissionalismo e de pinga de honestidade e o servilismo aos interesses do grande capital de uma criatura que os impostos que vou pagando ajudam a financiar: a lacaia Judite de Sousa, que tive a infelicidade de ver e ouvir quando pensava ouvir e ver uma entrevista na RTP ao Secretário-Geral do PCP, Jerónimo de Sousa, reproduzida na página da CDU. Identifica-se como "jornalista" a criatura, mas seria um insulto aos trabalhadores que dignamente exercem a profissão de jornalista aceitar tal designação.
O modo como este tipo de criatura maltrata qualquer dirigente ou militante do PCP - pelo "simples" facto de representarem a mais consequente e organizada forma de luta contra os interesses absolutamente indefensáveis à luz de quualquer direito humano que estas criaturas guardam com unhas e dentes - não é novo. Desde o tempo do fascismo, em que a ordem era "não falar nesse partido, porque não existe", até às já longas décadas de apropriação dos meios de comunicação social pelos interesses de quem prefere a morte ao comunismo (grandes possidentes de capital: captalistas), a mentira, a censura e o insulto são estratégias comuns de quem guarda o seu osso.
Mas, talvez por falta de hábitos mais recentes, talvez porque cá em casa a internet (ainda relativamente livre) tem subsitituído a televisão e os noticiários televisivos são os que nos entram pelos olhos e ouvidos num ou noutro café, não pude aguentar a provocação barata, a desonestidade, as interrupções permanentes e a falta de vergonha geral desta insignificância humana de nome Judite de Sousa, a quem são dados os meios de publicamente assim tratar um representante de uma força política (e de uma coligação de forças políticas e democratas independentes) na qual o menos consciente dos militantes e apoiantes tem uma dimensão intelectual e humana infinitamente superior à sua.
Enfim. Quando a humanidade se libertar das garras da sua opressão nas suas várias formas, a Judite de Sousa e os seus congéneres (porque, infelizmente, o lixo é fácil de reproduzir) encontrarão o seu lugar: chafurdando na lama que produziram.

Adenda: no Anónimo do Séc. XXI, a propósito do mesmo assunto, um comentador lembrou, por comparação, a entrevista feita por Mário Crespo ao mesmo Jerónimo de Sousa em Maio último. Pode ser revista aqui, a lembrar que ainda vão sobrevivendo alguns jornalistas a sério na televisão portuguesa.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Oh não, não!

A criatura volta a atacar! Agora, ameaça "embelezar" a ecopista que substituiu a Linha do Dão (está aqui)! Não, por favor!
É que, se há coisa que o encerramento desta via férrea e a construção da ecopista não destruiram foi, precisamente, a beleza da paisagem beirã característica dos arredores da cidade, os olivais, os prados com seus rebanhos, os soutos e carvalhais alternando com vinhas e hortas, as leiras separadas por murinhos de granito recobertos de musgo por trás dos quais se elevam, gaiteiras, enormes e suculentas couves. E a ecopista, embora feita no sítio errado - onde deveriam, e devem, passar transportes públicos ferroviários -, veio trazer alguma dignidade ao caminho de terra batida mal amanhado em que aquilo se tinha convertido, e veio permitir a muitos viseenses de gema ou adopção (entre os quais me incluo), fazer umas belas e limpas caminhadas e, tranquilamente, olhar para aquilo que a região ainda vai conservando de belo, de cativante, a precisar de apoio e de medidas sérias: a convivência do homem, através do trabalho, através da vida, com o meio que o envolve. Pelo menos nos meios rurais.
Agora, o homem quer "embelezar" tudo isto! Que vai fazer? Estatuetas? Rotundas em cada (ex)passagem de nível? Relvados? Placas com o seu nome após e antes cada (ex)passagem de nível?

Levem-no, levem-no!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Chuva e granito


Chuva e granito fazem parte do que nesta cidade me faz sentir bem. É bela, a chuva, é belo o granito, é belo o musgo, e parecem estar ali, livres, desde sempre e para sempre, à espera que os homens se libertem por sua vez e comunguem desse seu estado.

A foto não é na cidade, mas numa das serranias que a envolvem e que a moldam profundamente. É destas serranias que brota o essencial do que compõe a cidade. Por isso, a foto não é na cidade, mas também é da cidade.

domingo, 26 de abril de 2009

Cravos perenes

Ontem, ao (re)ver imagens do dia 25 de Aril de 1974 em Lisboa, do povo que encheu as ruas - o Largo do Carmo mas não só - o contraste com o que havia visto em Viseu passados 35 anos deixou-me melancólico. Não que as comemorações em Viseu tenham sido mornas ou indignas. Não que o povo que esteve não tenha participado com um sentimento de felicidade e de alívio pelo que se estava a comemorar. Se não fosse por mais, bastaria ter visto as crianças e jovens que, da parte da manhã, encheram o Rossio de cor, de felicidade, envolvendo nos seus gestos espontâneos e despreocupados o dia frio mas feliz, num espaço cada vez menos frequentado por ex-pides remoendo as "mágoas" que este preciso dia simboliza.
Mas a travagem e retrocesso que a gentalha que tem povoado os governos fez sofrer aos valores de Abril manifesta-se de modo mais óbvio lá onde o distanciamento do epicentro, o isolamento e um exército bem oleado de caciques impediram que os ares de Abril tivessem tempo de se fazer sentir em mais do que uma leve brisa. Estancaram-nos até que a contra-revolução estivesse em marcha com toda a força, e depois a coisa foi mais fácil. Por isso, por estas bandas, a imensa maioria das pessoas que fazem do trabalho o seu modo de vida ainda não percebeu que o são (pessoas). Que têm força. Que não têm que agradecer a ninguém favores que o não são, favores que são direitos. Que, se quiserem, podem ser livres. E que tudo isso se deve ao 25 de Abril, ao que milhares de homens e mulheres na clandestinidade lhes trouxeram depois de décadas de árduas e perigosas lutas.
Assim, no 25 de Abril de Viseu a multidão nada tem que ver, mesmo salvaguardadas as devidas proprções, com o que se passa noutras paragens. Pelo simples facto de que, em larga medida, nada parece ter acontecido.
Mas aconteceu. E, como dizia acima, a contra-revolução facilitou a vida aos caciques. Que baixaram as guardas. E que, ao fazê-lo, facilitaram por sua vez a vida a quem resiste. E quem resiste penetrou e criou irreversíveis focos de novas resistências, cravos de Abril perenes que, um dia destes, desatarão por aí a desabrochar e a libertar vidas e a dar-lhes verdade e dignidade.

Abril de Novo!


E cá está a primeira contribuição (desde o último post)!

25 de Abril sempre!

Quis o acaso que o autor deste(s) post(s) andasse em paridade etária com a nossa bela revolução de Abril.
Espera o autor destas linhas que os ideais de Abril lhe sobrevivam - embora espere ter uma duração de vida normal - e se fortaleçam. Este blog e o seu autor tudo farão para dar o seu contributo, juntamente com os de muitos milhares de amigos, companheiros e camaradas, para as lutas que permanentemente teremos que travar na defesa e afirmação desses ideias.

Este ano há importantes batalhas nessa luta permanente!

Cá estaremos.

Para que o fascismo um dia não seja mais que uma triste estória.

domingo, 22 de março de 2009

O bom cretino

Fantástico! O génio que escreveu esta coisa já conhece os resultados das eleições... que se vão realizar no final do ano! E, para lá chegar, baseou-se num inquérito tão sério na sua representativdade como o conteúdo da redacçãozeca que o Jornal do Centro lhe publicou. Para quem pensava que as sondagens eram usadas como instrumentos para condicionar o voto, e que para muitos espíritos bastariam os resultados de certas sondagens para decidir o curso dos acontecimentos - sem stresses, sem surpresas do tipo Irlanda, Chile de '73, Venezuela, ou outras -, para quem o pensava, eis que este cromo descobre que nem de sondagens (com a sua necessidade de fundamentação da amostra) precisamos: basta um inquérito num blogue (cujo mérito será, no máximo, o de avaliar as simpatias políticas dos seus frequentadores).
O resultado está decidido. O PCP não terá mais de um por cento em Viseu - nem vale a pena concorrer - e a genial figura até já tira as suas conclusões, antecipando a excitação da noite eleitoral: o PCP não tem credibilidade!
Não cabe aqui dissertar sobre a credibilidade do PCP, em Viseu ou em qualquer lado. A credibilidade, a coerência e a seriedade são qualidades que até figuras que se situam em regiões ideologicamente longínquas, mas dotadas de alguma honestidade, reconhecem no PCP.
Mas é interessante observar mais este exemplo de como os esquerdelhos assumem um anti-comunismo patológico, pouco diferente do anti-comunismo fascista. O seu principal alvo não são as injustiças e as desgraças do sistema capitalista. O seu principal alvo são os comunistas - e, em Portugal, o PCP. Daí, naturalmente, o tempo de antena que os órgãos de informação do capital lhes concedem, mesmo (ou principalmente) quando a pobreza franciscana da argumentação é confrangedora, como neste caso. Os esquerdelhos são, aliás, com frequência, pseudo-intelectuais que nunca se conseguirão livrar do pseudo.
Enfim. A figurinha tem o azar de ter concorrência, porque não faltam por aí lixeiras semelhantes.
Felizmente, a verdade não é uma fantasia esquerdelhuda. E o povo está-se nas tintas para o que estas figurinhas vomitam.

Adenda: não me lembro de nenhum comunista ter atribuído o encerramente de uma certa livraria em Viseu à falta de credibilidade do seu proprietário. O encerramento da generalidade das livrarias não vem daí. Mas, pensando bem... A capacidade de produzir lixo intelectual deve ser incompatível com a gestão de uma loja do saber.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Uma passagem

A mudança de calendário não traz nada de novo: a opressão, a injustiça social, a fome, os atropelos aos direitos fundamentais continuam em prática. Comandadas pelos senhores do capital, directamente ou por intermédio dos fantoches que têm no poder político, estas façanhas vão-se vestindo de novas e sofisticadas roupagens.
Mas, por enorme que nos pareça o poder, de facto imenso, desta gente, muito maior é o poder dos povos, dos povos do mundo que, diariamente, o constroem e moldam com o seu trabalho. O poder de um povo unido é tremendo, e é permanente e intensivo o esforço dos gurus do capital para que essa poderosa verdade não se saiba.
No último post referi um exemplo do poder de um povo unido. Mas poderíamos olhar para a nossa própria realidade nacional e ver a capacidade de resistência dos trabalhadores portugueses, que muitos quiseram (e querem) educar no fatalismo conformado. A luta contra o despotismo pré-fascista de Sócrates e seus capangas tem sido intensa, e vai continuar.
Em Viseu, o guru local quis aprovar esta coisa. Mas parece que a denúncia imediata feita pelo PCP fez abortar o processo.
Por isso, o que poderia ser mera mudança no calendário é um bom motivo para recobrarmos forças e energia para continuar a lutar. E é o que fazemos.
Espero, pois, que em 2009 se dêm mais passos para que o mundo mais justo e fraterno que queremos seja uma realidade.