A mudança de calendário não traz nada de novo: a opressão, a injustiça social, a fome, os atropelos aos direitos fundamentais continuam em prática. Comandadas pelos senhores do capital, directamente ou por intermédio dos fantoches que têm no poder político, estas façanhas vão-se vestindo de novas e sofisticadas roupagens.
Mas, por enorme que nos pareça o poder, de facto imenso, desta gente, muito maior é o poder dos povos, dos povos do mundo que, diariamente, o constroem e moldam com o seu trabalho. O poder de um povo unido é tremendo, e é permanente e intensivo o esforço dos gurus do capital para que essa poderosa verdade não se saiba.
No último post referi um exemplo do poder de um povo unido. Mas poderíamos olhar para a nossa própria realidade nacional e ver a capacidade de resistência dos trabalhadores portugueses, que muitos quiseram (e querem) educar no fatalismo conformado. A luta contra o despotismo pré-fascista de Sócrates e seus capangas tem sido intensa, e vai continuar.
Em Viseu, o guru local quis aprovar esta coisa. Mas parece que a denúncia imediata feita pelo PCP fez abortar o processo.
Por isso, o que poderia ser mera mudança no calendário é um bom motivo para recobrarmos forças e energia para continuar a lutar. E é o que fazemos.
Espero, pois, que em 2009 se dêm mais passos para que o mundo mais justo e fraterno que queremos seja uma realidade.