domingo, 14 de novembro de 2010

Onde estão os malfeitores? Pela paz, contra a NATO!

A propósito da cimeira da NATO, desse encontro de malfeitores de que os nossos ridículos governantes fazem de questão de ser anfitriões, somos diariamente bombardeados com as medidas adoptadas pelas força ditas "de segurança" contra supostas ameaças de "grupos organizados" à segurança nacional - e, sobretudo, à segurança dos malfeitores reunidos.

Escandaloso no meio desta desinformação é fazer crer que, na cimeira da NATO, os terroristas e malfeitores estarão nas ruas e não reunidos em cimeira.

Mas sabemos bem qual a estratégia: em primeiro lugar, afugentar, amedrontar e aterrorizar todos os PACIFISTAS que no dia 20 legitimamente se queiram manifestar em Lisboa contra essa aliança assassina de nome NATO, que continua a guerrear e a matar muito depois das razões que supostamente estiveram na sua origem terem deixado de existir. Em segundo, preparar e treinar uns provocadores que tentem fazer estragos nas imediações da manifestação para a) justificar os estrondosos meios empregues e b) concentrar os focos mediáticos, não no descontentamento manifestado pelos milhares de pacifistas e na mensagem premente desse descontentamento, mas nos eventuais estragos causados.

Mas não resultará. No dia 20, em Lisboa, milhares de pacifistas desfilarão a favor de um mundo mais justo, mais solidário, sem ingerências imperialistas na vida soberana dos povos do mundo. Pela Paz, sim. Contra a NATO, evidentemente.

domingo, 25 de abril de 2010

Serão muitos, hoje!


Serão muitos, hoje. Aqui em Viseu, na Guarda, em Lisboa, no Porto, em Almada, em Viana (do Castelo e do Alentejo), no Crato, em Alfândega da Fé, na Covilhã, na Marinha Grande, no Cadaval, em Setúbal, em Vila Real de Santo António, em Vila Nova de Gaia, em Faro... Serão muitos, e todos belos, símbolo todos os anos renascido de uma vontade, de uma inevitabilidade tão grande como a do seu perpétuo reflorescimento, de uma verdade: a de que os valores que representa, por muito que os espezinhem, por muito sofisticados que sejam os seus algozes, estarão lá, sempre presentes, sempre latentes, prontos a rebentar e florescer e inundar de fraternidade a nossa vida, a vida de todos nós, trabalhadores. E um dia, voltarão para ficar. Um dia, o cravo será mesmo uma flor perene.

Serão muitos, pois, mesmo onde os fascistas no poder crêm tudo poder fazer. Também ali, na Madeira, as ruas se encherão de cravos, símbolo de conquistas e de lutas que serão travadas até à vitória final.

Agora e sempre: 25 de Abril sempre. Fascismo nunca mais.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Acordar da hibernação...

Este meu blogue tem estado a hibernar. Pensei primeiro em classificá-lo, de forma (melo)dramática, como um blogue "moribundo", mas... Não. "Moribundo" implica a ideia de morte, e essa é definitiva.
Assim, este blogue lá vai hibernando. Já poucos se lembrarão dele - não é que tenha chegado a ser lembrado por muitos, claro. Das razões desta hibernação não vale a pena falar, a não ser para dizer que são várias e, todas, de culpa própria. Responsabilidades, muitas e em várias dimensões da vida, cansaço, têm deixado algumas áreas mal servidas - e, nelas, há uma ou duas que precisariam bem mais de mim do que este blogue e os seus leitores.
Além de que aquilo em que tenho estado mais envolvido me tem afastado dos problemas de Viseu, o mote inicial deste blogue. "Linha do Vouga", o título, remete para uma realidade cada vez mais distante, cada vez mais da arqueologia dos transportes públicos - conceito (este dos transportes públicos) que está bem mais longe do imaginário e das aspirações dos viseenses do que os de "rotunda", "centro comercial", "fitness", "naite", "prédios e mais prédios que ninguém consegue pagar", etc. Pelo menos a avaliar pelos sempre estáticos resultados eleitorais, confirmados no ano que agora findou e que reforçam o poder dos caciques, dos donos da terra, dos fascistas broncos, daqueles para quem o desenvolvimento social, ambiental, cultural, económico nada significam, em detrimento das propostas justas, concretas, exequíveis e obviamente necessárias que outros - a CDU, o PCP (chamam-se assim) - propoem no concreto. A mentira, o medo e a pura parolice vencem a verdade, a dignidade, a seriedade.
Por isso, Viseu cansa-me, cansa-me pensar em Viseu e escrever sobre Viseu. E só não mando Viseu às urtigas (mesmo quando, eventualmente, a vida me levar para outras paragens) porque conheci homens e mulheres, grandes, dignos, corajosos, bons e corajosos - esses, da tal CDU e do tal PCP - que acreditam que também aqui a verdade e a plena democracia um dia vencerão - por incrível que às vezes pareça - e que a luta, em si, é já uma vitória.

Mas adiante! Quero aproveitar este momento de insónia - que paradoxalmente serviu para acordar este blogue da hibernação (por quanto tempo, não sei: a Primavera ainda vem longe) - para desejar a todos um bom ano de 2010.
Façamos por isso, lutemos por isso.