Esta notícia, verdadeira boa-nova espalhada pelo Fernando Samuel, do Cravo de Abril, deixou-me feliz. Num Natal em que os sorrisos dificilmente me sairão sem um amargo de boca, eis que a notícia, portadora da esperança com que os povos da América Latina nos têm vindo a brindar, me relembra como o Homem é capaz de se fazer respeitar na sua dignidade, de ser solidário, grande e digno e de olhar para lá do seu umbigo.
Tenho a felicidade de ter conhecido pessoas boas, generosas, solidárias, que acreditam num mundo melhor e na sua capacidade de contribuir para a sua construção. Uma delas - provavelmente a mais fundamental - fez a desfeita de se ir embora para o único lugar verdadeiramente desconhecido, aqui há dias, sem avisar, sem deixar recado. Mas a sua semente e o seu adubo cá ficaram, e esta notícia faz colar as pontas de tudo isto.
Por efémeras que sejam, há pessoas que nos fazem perceber a sorte que temos, afinal, em ter passado por este mundo, lutando sem hesitações nem tréguas pela sua melhoria.
E isto é o Natal.
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Um regresso
Embora o meu último post não me desonre nada - apesar de não ter nada de original e ser apenas a repetição de uma justa campanha então em vigor - já está um bocadinho velhinho e só.
Aliás, poucos visitantes devem passar por estas paragens, tão desoladas como a imagem que aqui paira por cima dos posts, a de uma estação ferroviária que nos inunda de melancolia, agravada pelo facto de sabermos que já não existe.
Não há desculpa para esta ausência - um post escreve-se num ápice. Embora, como alguns saberão, os últimos meses, e sobretudo as duas últimas semanas, tenham sido dos piores da minha vida e...
Enfim. Aos poucos resistentes que ainda forem por aqui espreitando (talvez para reverem uma foto que não é má, por algum carinho e simpatia que me tenham ou por capacidade de resistência - e alguns são mesmo grandes resistentes...), para eles, um olá de regresso e sem promessas. Viseu TALVEZ fique para mais logo, tudo o resto para um dia destes, ou quiçá ao contrário.
E para alguém que sei que é dos resistentes, e já que falei na foto, porque resiste, porque não pode ver a foto e por tudo o resto, aqui vai a merecida descrição:
É uma foto a preto e branco (como os sonhos de alguém), na qual se vê a defunta estação de Viseu. Em primeiro plano quatro linhas que entram no enquadramento por baixo (do lado do fotógrafo) e que se entrelaçam pelas agulhas, algumas delas, em segundo plano. Neste segundo plano entra uma quinta linha pelo lado direito, que se estende ao longo de um armazém de mercadorias. Uma das linhas, à esquerda, bifurca-se para esse lado, em direcção a prováveis e difusas oficinas. No espaço entre a nova linha e a original está uma árvore despida (talvez um castanheiro ou um carvalho). Mais á frente, a mesma linha de origem volta a bifurcar-se para a esquerda. No total vêm-se, ao fundo, seis linhas. Em três delas há vagões estacionados. As duas linhas centrais na foto terminam ao fundo, junto à estação, que fica à direita, e aos cais de embarque, onde não está nehum comboio parado, o que aumenta a imagem de desolação. Ao longe, à esquerda, as árvores (penso que plátanos) da Cava de Viriato - que, por enquanto, ainda por lá estão.
Aliás, poucos visitantes devem passar por estas paragens, tão desoladas como a imagem que aqui paira por cima dos posts, a de uma estação ferroviária que nos inunda de melancolia, agravada pelo facto de sabermos que já não existe.
Não há desculpa para esta ausência - um post escreve-se num ápice. Embora, como alguns saberão, os últimos meses, e sobretudo as duas últimas semanas, tenham sido dos piores da minha vida e...
Enfim. Aos poucos resistentes que ainda forem por aqui espreitando (talvez para reverem uma foto que não é má, por algum carinho e simpatia que me tenham ou por capacidade de resistência - e alguns são mesmo grandes resistentes...), para eles, um olá de regresso e sem promessas. Viseu TALVEZ fique para mais logo, tudo o resto para um dia destes, ou quiçá ao contrário.
E para alguém que sei que é dos resistentes, e já que falei na foto, porque resiste, porque não pode ver a foto e por tudo o resto, aqui vai a merecida descrição:
É uma foto a preto e branco (como os sonhos de alguém), na qual se vê a defunta estação de Viseu. Em primeiro plano quatro linhas que entram no enquadramento por baixo (do lado do fotógrafo) e que se entrelaçam pelas agulhas, algumas delas, em segundo plano. Neste segundo plano entra uma quinta linha pelo lado direito, que se estende ao longo de um armazém de mercadorias. Uma das linhas, à esquerda, bifurca-se para esse lado, em direcção a prováveis e difusas oficinas. No espaço entre a nova linha e a original está uma árvore despida (talvez um castanheiro ou um carvalho). Mais á frente, a mesma linha de origem volta a bifurcar-se para a esquerda. No total vêm-se, ao fundo, seis linhas. Em três delas há vagões estacionados. As duas linhas centrais na foto terminam ao fundo, junto à estação, que fica à direita, e aos cais de embarque, onde não está nehum comboio parado, o que aumenta a imagem de desolação. Ao longe, à esquerda, as árvores (penso que plátanos) da Cava de Viriato - que, por enquanto, ainda por lá estão.
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