Embora o meu último post não me desonre nada - apesar de não ter nada de original e ser apenas a repetição de uma justa campanha então em vigor - já está um bocadinho velhinho e só.
Aliás, poucos visitantes devem passar por estas paragens, tão desoladas como a imagem que aqui paira por cima dos posts, a de uma estação ferroviária que nos inunda de melancolia, agravada pelo facto de sabermos que já não existe.
Não há desculpa para esta ausência - um post escreve-se num ápice. Embora, como alguns saberão, os últimos meses, e sobretudo as duas últimas semanas, tenham sido dos piores da minha vida e...
Enfim. Aos poucos resistentes que ainda forem por aqui espreitando (talvez para reverem uma foto que não é má, por algum carinho e simpatia que me tenham ou por capacidade de resistência - e alguns são mesmo grandes resistentes...), para eles, um olá de regresso e sem promessas. Viseu TALVEZ fique para mais logo, tudo o resto para um dia destes, ou quiçá ao contrário.
E para alguém que sei que é dos resistentes, e já que falei na foto, porque resiste, porque não pode ver a foto e por tudo o resto, aqui vai a merecida descrição:
É uma foto a preto e branco (como os sonhos de alguém), na qual se vê a defunta estação de Viseu. Em primeiro plano quatro linhas que entram no enquadramento por baixo (do lado do fotógrafo) e que se entrelaçam pelas agulhas, algumas delas, em segundo plano. Neste segundo plano entra uma quinta linha pelo lado direito, que se estende ao longo de um armazém de mercadorias. Uma das linhas, à esquerda, bifurca-se para esse lado, em direcção a prováveis e difusas oficinas. No espaço entre a nova linha e a original está uma árvore despida (talvez um castanheiro ou um carvalho). Mais á frente, a mesma linha de origem volta a bifurcar-se para a esquerda. No total vêm-se, ao fundo, seis linhas. Em três delas há vagões estacionados. As duas linhas centrais na foto terminam ao fundo, junto à estação, que fica à direita, e aos cais de embarque, onde não está nehum comboio parado, o que aumenta a imagem de desolação. Ao longe, à esquerda, as árvores (penso que plátanos) da Cava de Viriato - que, por enquanto, ainda por lá estão.
4 comentários:
Bom regresso!:
pelo regresso em si;
pela qualidade do post;
e, especialmente,pela descrição da foto...
Um abraço.
Obrigado por tudo e sobretudo pela descrição da foto.
Regressa sempre ao que te dá gosto.
A nossa memória está repleta de imagens bonitas às quais regressaremos vezes sem conta.
beijinho
Que post! Muito mais significativo do que outro qualquer!
Estou comovida pela sensibilidade. Acredita.
beijinho
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